quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Mercadorias Políticas - O acerto de contas

KENNETH MAXWELL
A corrupção é um fato corrosivo da vida. Especialmente a corrupção ao velho estilo. Mas uma coisa que é muito clara a respeito do Brasil é que a corrupção é completamente multipartidária e se estende muito além da classe política. Os corruptos, afinal, precisam daqueles que desejam alguma coisa do governo e que estão dispostos a pagar por ela.
Aqueles que se beneficiam dessas redes clandestinas de comissões, acordos especiais e favores políticos não são a vasta maioria da população brasileira. Os brasileiros comuns sofrem as consequências desses desvios na forma de edifícios precariamente construídos, transporte excessivamente caro e serviços públicos deficientes. E muitos brasileiros, especialmente os mais jovens, estão completamente cheios desse processo todo.
O índice mundial de percepção de corrupção para 2013, publicado na semana passada pela Transparência Internacional, compara abusos de poder, acordos clandestinos e subornos nos setores públicos de 177 países; o índice 0 indica um país altamente corrupto, e o índice 100 revela um país completamente íntegro. Nessa escala, o Brasil ocupa o 72º lugar, junto com a África do Sul.
Os outros países que integram os Brics se saem bem pior do que o Brasil. A China está em 80º lugar, a Índia em 94º e a Rússia em 127º.
Os países menos corruptos são a Dinamarca e a Nova Zelândia. A última posição do ranking, o 175º lugar, é dividida por Afeganistão, Coreia do Norte e Somália. O Brasil conseguiu pelo menos subir um posto em relação ao ranking de 2012.
Joe Leahy, do "Financial Times", reportou de São Paulo, nesta semana, sobre o Platinum Partners, um fundo de hedge de Nova York que está investindo em tentativas de recuperar os bilhões de dólares roubados no Brasil como resultado de fraudes.
No ano passado, um tribunal de Nova Jersey ordenou a restituição de US$ 10,5 milhões de contas vinculadas a Paulo Maluf, no que pode ter sido o primeiro sucesso brasileiro na recuperação internacional de dinheiro desviado por fraudes.
Penetrar as complicadas estruturas de companhias de fachada usadas para as fraudes pode ter custos judiciais elevados. Mas o advogado canadense Martin Kenney disse a Leahy que seu escritório estava a ponto de recuperar R$ 900 milhões em um caso brasileiro.
Será irônico se a lei, com seu alcance internacional, vier, por fim, a ser o instrumento da queda dos corruptos, algo que os políticos brasileiros, de todos os partidos, singularmente fracassaram em realizar.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Internet paralela: Thor e Deep Web

O LADO NEGRO DA INTERNET, DESCONHECIDO E ASSUSTADOR

Você sabe e conhece muito bem que a internet é muito grande e a cada segundo ela aumenta em conteúdo de mais diversos gêneros, na internet podemos encontrar quase tudo.

Uma notícia quero dar pra vocês, na verdade eu acredito que não conseguimos acessar nem 2% de toda a variedade de assunto que encontramos online na superfície.

Antes de continua a ler esse post quero deixar claro algumas coisas:
1° Minha intenção é não influenciar ninguém a acessar a deep web
2° Isso é real, a deep web existe e realmente é assustadora
3° Não vou ensinar a acessar a "rede invisível" não quero por vocês em risco

Deep Web, conhecida também como Darknet, Invisible Net, Undernet, e outros nome. Não é uma internet paralela, e sim uma parte oculta da internet, que não identificadas por motores de busca e só podem ser acessados com ferramentas especiais.

Enfim, eu falei no parágrafo anterior a palavra superfície, superfície quer se referir a internet que usamos diariamente, para acessar o facebook, youtube, sites de notícias e etc. A Deep Web é o lado negro da internet pois ela não pode ser acessada pela superfície, os sites dela ficam profundamente escondidos com links encriptados e servidores escondidos pelo mundo todo, esses sites não são achados pelo motores de busca, acredite NEM O GOOGLE ACHA um site desse. Mas o que assusta mesmo é o conteúdo que é encontrado lá, o negócio é tão obscuro que lá você acha sites de vendas de drogas, documentos sigilosos, bizarrices, pedofilia, seitas satânicas e muitos outros.

Estima-se que a deep web seja 5 vezes maior que a web "surface" que usamos diariamente, isso porque além das páginas serem ocultas existe um sistema de códigos por camada, em outras palavras é como se fosse o seguinte: Você entra na deep web, acessa um site chamado "Hidden Wiki" (A wikipédia das trevas [é assim que eu chamo]) e de lá você acaba parando em um site de pedofilia, venda de drogas, ou seitas satânicas, bem até aí você só está na primeira da camada do que eu chamo de "cebola", mas a pergunta que não quer calar é: Por que a Deep Web tem essas coisas? O que será que ela esconde na última camada?

Quero deixar bem claro que na Deep web não se encontra apenas coisas ruins, ela é utilizada por funcionários do governo, pessoas com sites pessoais de RPG ou projetos na área de programação que não querem ser incomodadas. Quero alertar também que evitem acessar a deep web, é arriscado através da navegação você pode acessar conteúdos perturbadores ou até mesmo garantir uma visita da policia federal na porta da sua casa.

Para finalizar, muitos já perguntaram pra mim se é possível tirar toda a deep web do ar, eu disse que é uma tarefa que está de lado com o impossível, pois se para o governo remover sites da superfície já é uma dificuldade imensa, imagine então remover uma parte da internet que é considerada 5 vezes maior, e que nem 2% dela foi explorada. Eu recomendo que não acessem tem muito conteúdo perturbador por lá, além do risco de seu PC ser infectados por vírus que passam despercebido pelo antí-virus, ou ganhar uma visita da PF.

Fraudes brasileiras viram alvo de fundo de investimento: Fundos de risco financiam escritórios de advocacia a fim de recuperar dinheiro desviado para paraísos fiscais

Custos com honorários no exterior costumam ser elevados, mas os casos bem-sucedidos são rentáveis para investidor
DO "FINANCIAL TIMES"
Os investidores podem estar se tornando mais cautelosos quanto aos mercados emergentes, antecipando a redução do estímulo monetário dos EUA, mas um fundo identificou um segmento no qual espera um boom: fraudes brasileiras.
A decisão do fundo de hedge (que aplica em ativos de alto risco) nova-iorquino Platinum Partners de investir na recuperação de dinheiro perdido em fraudes brasileiras, tendo por fase reivindicações da ordem de R$ 12 bilhões, mostra como os investidores se aventuram mais em áreas esotéricas dos emergentes, em busca de rendimento.
Martin Kenney, advogado canadense especialista em localizar ativos internacionais, montou uma carteira com dez casos nos quais a Platinum Partners investirá.
"As fraudes dispararam", diz Kenney. A globalização resultou em proliferação "no uso de estruturas bancárias offshore [em paraísos fiscais]", o que inclui seu uso por desonestos, malévolos e corruptos.
As operações financeiras de litígio, na forma de financiamento de fundos de hedge a escritórios de advocacia para bancar a busca de indenizações ou a condução de casos de fraude, vêm se expandindo desde a crise de 2008.
Mas o financiamento de litígios com o objetivo de recuperar ativos em casos de fraude internacional nos quais os culpados tenham estabelecido redes complexas de companhias de fachada em múltiplos países ainda está em sua infância.
Poucos fundos especializados estão liderando nesse segmento, com investimento total de US$ 100 milhões, segundo Kenney.
Jack Simony, administrador de carteira na Platinum Partners e também do Fund Portfolio Manager, diz que, tipicamente, os fundos de hedge emprestam dinheiro a escritórios de advocacia em contratos condicionados ao sucesso total ou parcial de um caso ou conjunto de casos específico de recuperação.
PROCESSO CARO
Recuperar fundos em jurisdições offshore é caro. Os advogados usam ordens judiciais especiais a fim de forçar os bancos offshore a fornecer informações sobre as contas de fraudadores sem informar os titulares das contas a respeito.
Para penetrar uma estrutura em dez camadas de companhias de fachada, o custo pode atingir entre US$ 1 milhão e US$ 3 milhões em honorários advocatícios e outras custas, diz Kenney.
As recompensas de um caso bem-sucedido podem ser imensas, no entanto. Kenney disse que sua empresa estava perto de recuperar R$ 900 milhões em um caso brasileiro de fraude envolvendo o ex-proprietário do Banco Rural.
"Em uma caso de recuperação de fraude, se você conseguir recuperar 50%, estará se saindo bem."